A diminuição do consumo de fruta acusada nos últimos anos tem parte da sua origem na falta de qualidade com a qual esta chega ao consumidor. Geralmente a fruta é colhida seguindo uns padrões mínimos de calibre, cor, açúcar e firmeza que, se bem garantem os processos normais de distribuição e venda, descuidam o sabor e a qualidade organolética com a que esta chega aos mercados.
Por isso, é tecnicamente necessário dispor de índices de maturidade que indiquem o momento de colheita ótima com o que a fruta mantem as suas propriedades físico-químicas e sensoriais durante toda a cadeia de valor.
Os parâmetros utilizados tradicionalmente como índices de colheita em fruta, além de serem medidas destrutivas, não são gerais nem reproduzíveis, visto que variam com o cultivar, área de produção, condições climáticas e carga de cultivo.
Através desta atuação são propostas técnicas alternativas às existentes, não destrutivas e independentes de fatores externos
Trabalhos prévios levados a cabo pelos parceiros participantes nesta atuação puseram de manifesto o interesse da espectroscopia visível e no infravermelho próximo (NIV) para a determinação de índices de colheita e de qualidade em fruta (ameixa, pêssego, nectarina, cereja, pera, figo da índia, laranja, uva de mesa, morango).
O nosso objetivo agora é conseguir que estas tecnologias possam ser utilizadas pelos diferentes produtores e centrais hortofrutícolas da região EUROACE.
A substituição das técnicas destrutivas tradicionais por estas tecnologias irá supor uma poupança em matéria-prima e em tempo de análise, assim como a obtenção de lotes de frutas mais homogéneos. Por outro lado, vai ajudar a impulsionar a competitividade do setor frutícola especialmente nestes momentos nos quais as margens de benefícios são muito estreitas.
Com este projeto pretende-se apoiar as empresas frutícolas da região EUROACE com o suporte e tutela das tecnologias baseadas em espectroscopia visível e NIV com o objetivo de melhorar os seus processos de produção e comercialização.
Coordena: CICYTEX
Parceiros participantes: CICYTEX, CATAA e FEVAL.
Colaboram: Universidade de Extremadura (UEX), Associação de Fruticultores de Extremadura (AFRUEX), UNICAEX, S.C., “GardunhaAgro” e “Cerfundão”.
Os resultados que são contemplados nesta atuação são:
Coordenador da atividade: Belén Velardo Micharet (CICYTEX) | belen.velardo@juntaex.es